Assumir, carregar, tomar a própria cruz e seguir… Teoricamente é fácil. É a assumir a luta do dia a dia sem murmuração, aceitando as humilhações, agradecendo até mesmo pelas dificuldades que aparecem ao longo do caminho.
Na prática? É difícil, mas não impossível. Digo isso pois tenho sofrido MUITO em relação a isso, mas a escolha é diária e até minuto a minuto, dependendo do dia.
Temos um modelo a seguir, não estamos no escuro e nem precisamos inventar algo. Nosso Deus rebaixou-se e, além de pregar/ensinar, mostrou como fazer.
Como ovelha muda ao matadouro, Ele foi. Entregou-se, deixou-se levar. Carregou a cruz dEle e os nossos pecados. Foi obediente, fiel, sensível ao querer do Pai.
Sobre Ele pesava as nossas culpas e ainda assim não murmurou. Não eram as culpas dEle. Eram as nossas. E nós não queremos assumir nem as nossas…
Mas é hora de ‘vestir’ o outro lado da cruz (que é o nosso lugar) e reagir. Avante, valente guerreiro. Avante! “Mesmo o enfermo diga: Eu sou guerreiro!” (Joel 3,10).
Pegue sua cruz, sua dor, sua luta… olhe para Aquele que venceu a cruz, venceu a morte. Dê sentido à sua luta, assim haverá vitória pra ti e para tantos outros. O caminho é duro, é verdade. Mas vale a pena pelo que haverá ao fim dele.
E veja, aqui não é papo de coach, pois não quero dizer: você pode, você é capaz, você tem a força. Nada disso. Talvez você realmente não tenha força mais. Mas vale lembrar aquilo que o próprio Jesus diz: “Sem mim NADA podeis fazer” (João 15, 5). Por isso, não vamos sozinhos. Vamos juntos! Juntos como irmãos mas, além de tudo, juntos com o Cristo, o Senhor das nossas vidas, que sabe da nossa fraqueza, da nossa miséria e nos olha com total misericórdia.
Vamos juntos? Eu assumo minha cruz aqui, você assume a sua daí. O Calvário até pode nos assustar, mas no fim de tudo… ah, no fim de tudo está a vida… a Vida Plena!