No domingo, 7 de setembro, o Papa Leão XIV canonizou dois jovens incríveis: Pier Giorgio Frassati e Carlo Acutis. O Papa Francisco chama eles de “santos da porta ao lado” – gente normal que viveu coisas extraordinárias no dia a dia.
Minha história com Frassati começou meio sem perceber, influenciada por um cara que eu admirava muito na juventude, o Adriano Gonçalves (sim, o missionário da Canção Nova e apresentador do Revolução Jesus). Ver o amor dele pelo Frassati me fez querer conhecer mais, me aproximar e aprender com esse jovem que vivia o Evangelho de forma simples, mas intensa.
O homem das Bem-aventuranças
Pier Giorgio nasceu em 1901, em Turim, numa família de prestígio. Mas desde cedo ele se destacou por algo que sua família não levava tanto a sério: a fé.
A Eucaristia diária e a devoção à Virgem Maria eram o coração da vida dele. Alegre, esportista (amava escalar!), ele não ficava só na espiritualidade pessoal. Sua amizade com Cristo o levava direto para perto dos mais pobres. Ele mesmo dizia:
“Jesus me visita todos os dias na Eucaristia, e eu O retribuo visitando os pobres.”
Para o Alto!
Meu lema favorito, “Verso l’Alto” (“Para o Alto”), vem da vida desse jovem. O que podia ser só um bordão virou inspiração diária para viver a fé de verdade. Muitas das coisas que ele fez de evangelização e caridade eram silenciosas, fora dos holofotes.
São João Paulo II chamou Frassati de “O Homem das Bem-Aventuranças”. Viver para o Alto, para ele, era viver para o Céu – mas isso não o afastava do mundo, só fazia dele alguém ainda mais presente e alegre.
“Viver sem fé, sem lutar pela Verdade, não é viver. É fingir.” – Pier Giorgio Frassati
Mariano Roxo
Outra coisa que me toca demais: a devoção dele à Virgem Maria. Um amigo próximo dele disse:
“Nunca passou um dia sem que ele estivesse aos pés de Maria, com o terço entre os dedos.”
Pier Giorgio morreu jovem, com 24 anos, vítima de poliomielite – provavelmente pegou durante suas visitas aos doentes. No funeral, milhares de pobres foram às ruas de Turim para se despedir dele. A família nem sabia o que ele fazia de verdade.
Encontros com meu amigo do céu
Tive a chance de estar perto das relíquias dele duas vezes. A primeira foi em 2023, depois da JMJ em Lisboa, quando fui a Turim visitar seu corpo na catedral.
Este ano, em Roma, no Jubileu dos Missionários Digitais e dos Jovens, encontrei Frassati de novo. Suas relíquias estavam na igreja de Santa Maria Sopra Minerva, e fui rezar, agradecer, pedir e até desabafar. Ver tantos jovens se aproximando dele foi emocionante!
Depois, segui para Turim e cheguei quase junto com ele (literalmente no coração da cidade!). Lá, agradeci não só pela amizade que compartilhamos, mas também pelos meus amigos, que ele costumava dizer serem “tão bons quanto macarrão”.
Agora, oficialmente, a Igreja reconhece o que muitos já sabiam: Pier Giorgio Frassati é santo. Um santo jovem, alegre, devoto e totalmente acessível, que mostra que ser santo é possível hoje. E eu me alegro por tê-lo como amigo e intercessor nessa aventura rumo ao Alto.
Geração Eleita 
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