Desde o início de seu pontificado, o Papa Francisco demonstrou uma profunda devoção à Virgem Maria, especialmente através do ícone da Salus Populi Romani, venerado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma. Esta devoção não foi apenas simbólica, mas se traduziu em gestos concretos e escolhas pessoais que marcaram sua vida e ministério.
Santa Maria Maior: O Refúgio do Papa
A Basílica de Santa Maria Maior tornou-se um lugar especial para o Papa Francisco. Desde sua eleição, ele a visitava regularmente, especialmente antes e depois de suas viagens apostólicas, para confiar suas intenções à Virgem Maria. Em uma entrevista, ele expressou:
“Quero ser sepultado na Basílica de Santa Maria Maior. O lugar já está pronto.” Vatican News
Este desejo foi cumprido após sua morte, quando foi sepultado na basílica, tornando-se o primeiro papa em mais de um século a não ser enterrado no Vaticano. Sua tumba simples, feita de mármore da Ligúria, leva apenas a inscrição “Franciscus”, refletindo sua humildade.
A Salus Populi Romani: Ícone de Devoção
O ícone da Salus Populi Romani tem uma história rica e é considerado milagroso. Durante seu pontificado, Francisco visitou o ícone 126 vezes, a primeira em 14 de março de 2013, um dia após sua eleição, e a última em 12 de abril de 2025.
Em 2023, durante a Festa da Imaculada Conceição, o Papa presenteou o ícone com uma Rosa de Ouro, um gesto simbólico de veneração que não ocorria há 400 anos. “O presente da Rosa de Ouro é um gesto histórico que expressa visivelmente o profundo vínculo do Papa Francisco com a Mãe de Deus, que é venerada neste santuário sob o título de Salus Populi Romani. O povo de Deus poderá será fortalecido ainda mais em seu vínculo espiritual e devocional com a Santíssima Virgem Maria. À Salus pedimos o dom da paz para o mundo inteiro”, lembrou dom Rolandas Makrickas, cardeal responsável pela basílica.
Maria: Mãe dos Pobres e dos Descartados
Para Francisco, Maria é a Mãe dos pobres, dos descartados e de todos aqueles que sofrem. Ele frequentemente destacava sua presença silenciosa e consoladora junto aos necessitados, encorajando os fiéis a recorrerem a ela em momentos de dificuldade. Em uma audiência, afirmou:
“Maria, nossa advogada, é mediadora nos conflitos e problemas, como aconteceu nas Bodas de Caná. Ela nos ajuda a ‘desatar os nós’, que surgem em nós e entre nós.”
Conclusão
A devoção mariana do Papa Francisco é um testemunho vivo de amor filial à Mãe de Deus. Seus gestos, palavras e escolhas pessoais nos convidam a também acolher Maria em nossas vidas, confiando-lhe nossas alegrias, dores e esperanças. Que, seguindo o exemplo do Papa, possamos nos aproximar cada vez mais de Maria, permitindo que ela nos conduza a Jesus.


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