Os santos são respostas de Deus e da Igreja para aquilo que o mundo enfrenta.
A beatificação da Família Ulma ocorrida há alguns dias, nos fala da sacralidade da família e da importância da caridade cristã que não mede esforços nem consequências.
Resposta de Deus
Pela primeira vez, uma família completa foi beatificada numa mesma celebração, num mesmo dia. Józef Ulma e Wiktoria com seus filhos Marysia, Stasia, Antos, Basia, Władzio, Frania e o bebê ainda no ventre da mãe foram beatificados no dia 10 de setembro, na Polônia.
A beatificação da Família Ulma acontece num tempo onde a instituição familiar tem enfrentado dificuldades, seja pela relativização quanto pela ridicularização, como foi no caso das matérias que fizeram chacota das famílias numerosas que “seguem a doutrina católica”. Também acontece num momento em que tentam aprovar o aborto no Brasil, dando a possibilidade ‘legal’ de muitas crianças serem assassinadas sem o direito de defesa.
Bem-aventurada Família Ulma
Pai, mãe e sete filhos morreram por darem abrigo a judeus que fugiam do massacre nazista. Eles sabiam do perigo, mas não foram indiferentes à dor dos seus irmãos.

Além disso, que já é grandioso, a beatificação dos Ulma nos fala do valor da vida desde a sua concepção à morte natural, pois pela primeira vez na história da Igreja, um nascituro foi beatificado, como mostra a aureola que está sobre a barriga da Beata Wiktoria Ulma no ícone.
Eles viviam como uma família comum que no ordinário da vida, experimentavam o extraordinário de Deus, que os fazia sempre olhar para o Alto e para os irmãos.
Papa Francisco sobre a Família Ulma
Sobre eles, disse o Papa Francisco durante o Ângelus no mesmo dia da beatificação:
“Uma família inteira exterminada pelos nazistas em 24 de março de 1944 por dar refúgio para alguns judeus que estavam sendo perseguidos. Ao ódio e à violência que caracterizaram aquela época, eles opuseram o amor evangélico. Que essa família polonesa, que representou um raio de luz na escuridão da II Guerra Mundial, seja para todos nós um modelo a ser imitado no ímpeto do bem e no serviço a quem mais precisa.”
E acrescentou:
“E, seguindo o exemplo deles, sintamo-nos chamados a opor à força das armas aquela da caridade, à retórica da violência a tenacidade da oração. Façamos isso especialmente por tantos países que sofrem por causa da guerra; de modo especial, intensifiquemos nossa oração pela martirizada Ucrânia. Ali estão as bandeiras da Ucrânia, que está sofrendo tanto, tanto!”
Bem-aventurada Família Ulma, rogai por nós e por nossas famílias!


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